quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

História sem final feliz.


Era uma vez uma turma de amigos que todos os dias se encontravam em um batente para conversar e rir. A harmonia entre eles era grande.

Até que dois deles brigaram. Apesar dos momentos constrangedores nos quais ambos os amigos estavam presentes e não se falavam um com o outro a harmonia ainda prevalecia, tudo pela união do grupo.

Um dia houve outro rompimento na turma. Mais dois amigos deixaram de se falar. Apesar dos momentos contrangedores nos quais os dois amigos estavam presentes e não se falavam um com o outro a harmonia ainda era algo que se tentava a duras penas se alcançar.

Um tempo depois aconteceu o terceiro rompimento. Dessa vez a harmonia entre o grupo não pôde mais ser alcançada. Era muito orgulho ferido acumulado durante tantos rompimentos.

Por algum motivo o terceiro rompimento fez alguns pensarem:
Será que eu mudei tanto a ponto de não querer mais suportar egocentrismo e prepotência alheia? Será que o mundo está errado e uma só pessoa está certa? Será que alguém acredita que aquela turma na qual todos conversavam e riam ainda exista?

O grupo que outrora se encontrava diariamente passou a se encontrar semanalmente, quinzenalmente, mensalmente... cada um foi seguindo rumos distintos, alguns juntos, outros separados.

O destino exigiu deles mudanças. Alguns seguiram em frente. Outros ficaram para trás mergulhados na mediocridade que suas vidas se tornaram. Quem foi? Quem ficou? Façam suas apostas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

1º Capítulo da Novela (Sobre)Viver A Vida - O primeiro bolo é meu

6:25 milagrosamente eu acordei, 5 minutos antes do despertador. Era a ansiedade pelo primeiro dia do tal internato. Finalmente eu ia deixar de ser um nada e ia passar a ser um ninguém. Em 15 minutos eu já estava pronto. Nunca comi nada antes de sair de casa de manhã cedo, no máximo um copo de leite com Nescau. Daí eu pensei nas longas
horas que passaria em pé ouvindo histórias e mais histórias dos meus pacientes, imaginando o que diabos uma "gastura", ou uma "murrinha", ou um "passamento" poderiam significar cientificamente, tentando adivinhar os diagnósticos e os tratamentos... achei melhor comer alguma coisa de "sustança" pra não desfalecer logo no primeiro dia.

7:00 estava eu caindo na estrada com meu celular/GPS/internet/facebook/whatsapp/angrybirds/twitter/livrosdemedicina. E lá estava ele apontando meu destino a meros 15km de casa. Era mais ou menos seguindo em frente onde o Judas perdeu as botas, dobrava na direção contrári
a onde o vento fazia a curva, atravessava o trilho que ia dar no inferno da pedra e o posto de saúde ficava bem no meio de uma encruzilhada (oxalá meu pai).

Lá fui eu todo feliz, todo arrumadinho, até penteei o cabelo, acertando o caminho, olhando de vez em quando o mapa pra saber se eu estava na rota certa... até que dei com a rua interditada. Pronto. Acabou, acabou, não sei mais chegar lá, volta pra casa, tô perdido, chama a polícia, liga pra casa, vão me sequestrar, tô no fim do mundo, olha o arrastão, não tem polícia na cidade, vou morrer, adeus. Após esse momentâneo surto psicóti
co pedi informação na rua e fui indo até chegar no tal posto.

45 minutos depois de ter saído de casa estava eu finalmente chegando ao meu destino. Pensei: então é aqui que passarei os próximos 3 meses? É, gostei! É difícil chegar, mas eu gostei daqui. Cheguei todo de peito inchado, me sentindo o ninguém (ao invés do nada), jalequinho no ombro, esteto no pescoço, todo todo...

- Bom dia, sou o interno, quem é o médico responsável pela preceptoria dos internos e residentes?
- NÃO VEIO. TÁ DE FÉRIAS.

#caranapoeira. Murchei bem rapidin. No final das contas esperei durante uma hora por alguém que ia chegar e nos dar maiores informações sobre a médica, mas essa pessoa não veio.
Resumo da ópera: mais 15km de volta pra casa sem ter feito nada. Fui realocado para outro posto e amanhã lá estou eu indo pras cucuia, mas pelo menos este fica há 10km de casa.

Mostrando nossa cara de tristeza ao termos que voltar pra casa no primeiro dia útil do ano. Ow vida chata né?

Ressuscitando

Novo ano, nova era na minha faculdade, novas responsabilidades, novos amigos, novas experiências... seria um bom momento pra retornar ao meu blog há tanto abandonado, seja por falta de tempo, de interesse, de coisas interessantes a serem contadas, enfim. Acredito que estou vivendo um momento bacana e quero compartilhar com quem me lê (se é que alguém me lê).

Também estou mudando um pouco o estilo do blog, enquanto antes escrevia histórias não vividas, teorias, elocubrações, blá blá blá whiskas sachê; agora estou me voltando mais para experiências próprias, impressões, relatos vividos ou ouvidos, enfim, uma ruma de besteira que acontece no meu dia-a-dia ou no dos outros.


Antes de mais nada apresento o personagem principal dessa novela. Eu, um reles acadêmico de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Acho que a história da minha "cagada" ao passar pra Medicina em 2008 já foi relatada em posts anteriores. Então vou me deter ao momento atual. Estou no 9º semestre (ou I1, internato um). Aos que não sabem a faculdade de Medicina consta de 4 semestres de cadeiras básicas, com fisiologia, anatomia, patologia, farmacologia... 4 semestres de cadeiras com todas as especialidades médicas, como nefrologia, neurologia, hematologia, gastrologia, psiquiatria (#AMO), clínicas cirúrgicas (#ODEIO) e várias outras logias... e os 4 últimos semestres é o internato, quando a gente passa a trabalhar no hospital, atende pacientes, evolui, admite, receita, empurra maca ("chama o maqueiro/interno"), deita no chão para o residente/staff passar por cima, lava
o carro deles, limpa o chão que eles pisam, recebe grito sorrindo... e tudo sem ganhar um tostão. Ê BELEZA!

Então é nesse período que eu estou. Já comecei minhas consultas mensais com meu psiquiatra para que não desista na primeira cuspida na cara que receber do meu preceptor. Eu sei que sou a base da hierarquia social dos hospitais, abaixo dos staff, dos residentes, dos cachorros, papagaios, ratos deles... mas se Deus (e o meu psiquiatra) me ajudar eu consigo chegar ao final. Torçam por mim.
.S. Acabei de chegar da lavanderia, tive que levar os 4 jalecos do meu preceptor pra lavar. Amanhã bem cedo eu busco e pago. Com meu dinheiro claro.


Gostaria de dizer à Just For Doctor que quero desconto no meu próximo jaleco por estar fazendo propaganda. Grato.

É o que tem pra hoje.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Promessas #fail de início de semestre - o retornoe

... continuando a lenga lenga das promessas.

6. Eu vou passar mais tempo com a minha família.





Com o passar dos semestres essa vai realmente se tornando impossível. Se no começo do curso, passando a manhã e a tarde na faculdade e a noite em um curso de línguas, talvez até arriscando uma academia em algum horário do dia já é difícil, imagine com o avançar dos semestres quando surgem obrigações, como plantões, projetos de pesquisa, congressos, ligas, cursos... Definitivamente o lado que sofre é o da família. Quando você menos esperar a família vai estar cheia de membros novos, namorados, filhos, sobrinhos, esposas... que você nem sequer conhece e vai chegar ao ponto de se perguntar se realmente faz parte daquela família. Você vira um fantasma dentro da sua própria casa. Seus amigos da faculdade lhe verão mais que seus próprios pais e saberão muito mais da sua vida também. É o que dizem: minha casa é um ótimo lugar pra se visitar.

7. Vou me alimentar melhor





Me diga que mágica se faz pra sair de uma aula 12:00 em um ponto da cidade, deslocar-se para o outro ponto da cidade para não perder a outra aula que começa 12:30 e ainda ter tempo pra almoçar. Tá, digamos que o Harry Potter te ensinou a aparatar. Então você possui 30 minutos pra almoçar. Oba! Digamos porém que o Harry Potter não te ensinou isso... De acordo com uma professora: traga a marmita no carro e vá comendo no caminho. Super seguro. E se você anda de ônibus traga a marmita no ônibus e vá comendo no caminho. Super higiênico. O fato é que o dia às vezes é tão atribulado que quando você se lembra de comer o tempo é curto e então você recorre aos mais saudáveis alimentos existentes perto de toda faculdade. Coxinha de frango com Coca-Cola, sanduiche natural (que apesar de ser saudável não mata fome de ninguém, a não ser a partir do 5º sanduiche), cheetos, pacote de casadinhos com Nescau, biscoito recheado, barra de cerais... Qualquer nutricionista ficaria se estrebuchando no chão ao ver a dieta de alguns acadêmicos.

8. Vou dormir no mínimo 7 horas por dia





Depois de tudo que eu falei se você ainda encontrar tempo pra dormir é santo, fazedor de milagre, canoniza, Jesus! Você tem que optar na vida. Pra quem entrou na faculdade a opção já foi feita, não dormir bem. Dormir 7 horas é coisa pra final de semana e olhe lá. E em véspera de prova o negócio complica. Quando você não tira cochilos durante toda a madrugada, se levantando a cada 10 minutos pra ler uma página e voltar a cair no sono, você simplesmente nem dorme. Vai pra prova feito um zumbi, com os olhos fundos, barba por fazer e boca fedida (tem quem prefira estudar ao invés perder tempo se arrumando pra ir pra aula). Isso sem falar dos plantões onde você vai dormir no mínimo por volta de 1 da manhã. E é pra isso que existem aquelas aulas chatas, pra você dar uma descançada na pálpebra e tirar aquela pestana. Definitivamente faculdade não é sinônimo de dormir bem. Dormir é para os fracos.

9. Não vou pescar nas provas





Essa promessa é #tensa. Inclusive eu vou trocar essa palavra "pescar" por uma expressão mais leve, "conferir resposta". O auge do desespero de uma tensão pré-prova faz as pessoas cometerem atos macabros. O celular se torna seu melhor amigo nessas horas... claro, só se ele contiver os slides da aula gravados. Os famosos papeiszinhos que passeiam por toda a sala. O código morse de piscar olhos, bater o dedo na cadeira, balançar a cabeça e cruzar as pernas em determinada direção e parar em determinado ângulo. Possibilidades é o que não faltam. E você racionaliza estar fazendo essas coisas dizendo pra si: uma prova não mede conhecimento de ninguém, eu vou aprender isso, só não consegui aprender a tempo pra prova, mas eu vou saber disso no futuro. E assim você vai levando a faculdade. Que péssimo né. Só uma observação antes de terminar este tópico: ele foi escrito com base em observações, nada se aplica ao autor que vos fala.

10. Vou parar de entrar na Internet o tempo todo





E quem consegue? Primeiro que você precisa olhar o email da turma pra ficar antenado no que está rolando, qual aula foi cancelada, onde vai ser tal aula, quem é da equipe de quem, qual trabalho tem que ser feito... Começa nas obrigações. Quando você menos espera, está no MSN conversando com cinco pessoas ao mesmo tempo, está comentando a foto do fulano no facebook e curtindo seu link, está ajeitando a Colheita Feliz e o Café Mania no Orkut, está baixando um episódio de alguma série que vai assistir mais tarde, ou está comprando alguma coisa nesses sites de compras coletivas. E vai mexendo na Internet, fuçando, bulindo... de repente você nota que não leu o artigo que devia, não estudou o capítulo que o professor passou, não fez os slides do seminário do dia seguinte e já são quase meia noite. É... eis um vício do qual não se livra tão fácil. Eu já desisti.




Confiram as 5 primeiras promessas #fail de início de semestre
http://blogsemnomemaslegal.blogspot.com/2011/03/promessas-fail-de-inicio-de-semestre.html

domingo, 20 de março de 2011

Promessas #fail de início de semestre

Mais um semestre se aproxima e com ele se aproximam todas aquelas promessas que você insiste em fazer desde que começou a faculdade, mas que sabe que elas não serão cumpridas.

1. Juro que não vou deixar a matéria se acumular. A matéria que for dada no dia eu vou estudar no dia e vou até tentar adiantar a matéria para na próxima aula eu já ter noção do que vai ser dado.


Essa é a promessa prima, promessa clássica, quem nunca fez essa promessa pra si que atire a primeira apostila xerocada em mim. De todas as promessas existentes no mundo essa é a que nunca será cumprida. Não é exagero, é #fato. Deixe de ser besta, você tem outras coisas pra fazer, tem plantão, tem projetos de pesquisa, tem obrigações de liga pra cumprir, tem estágios... fora sua vida fora da faculdade (quase nenhuma). E o grande volume de matéria não espera que você vá ao cabeleireiro e passe 5 horas esperando por uma escova inteligente que sequer vai lhe deixar mais esperto do que era. Os professores não deixarão de dar matéria só porque você decidiu jogar aquela bolinha com os amigos, chegou em casa todo arrebentado e não consegue sequer virar a página do livro com dores.

2. Vou deixar de sair pras festas e me dedicar mais aos estudos.


Há quem cumpra essa promessa, há quem não saia pra festas de jeito nenhum. Mas vem cá, vale a pena? Tinha na cabeça essa promessa quando fazia 3º ano. #Fail. Nos 3 anos de cursinho também. #Fail. Por que na faculdade seria diferente? Aliás, as festas durante a faculdade são as melhores. Cê jura que vai deixar passar todos os anos de faculdade sem aproveitar o que a ela tem de melhor a oferecer, os ensinamentos de mundo? Ninguém ensina na faculdade a dançar forró depois da 5ª cerveja, nem te ensina a soltar aquele queixo federal na balada, nem te ensina que mais vale uma porta de festa com bebida e amigos do que uma festa com pessoas mortas de lindas sem ninguém conhecido e sem bebida. Fora que eu nunca conheci ninguém estando em casa.

3. Vou parar de beber


É quase uma promessa de começo de ano, mas serve pra início de semestre também. Inclusive geralmente essa promessa é feita junto com a promessa anterior. Já dizia a célebre frase "as melhores pessoas eu não conheci estando sóbrio". Não estou fazendo apologia ao alcolismo. Mas que é difícil cumprir essa promessa na faculdade é. É só você fazer uma análise das festas. Algumas podem até não ter comida liberada, mas bebida são sempre FREE. Não há uma festa/reunião/encontro/congresso/aglomeração de estudantes que não role a boa e velha birita. E nada melhor do que falar besteira, dizer que não lembra de nada no outro dia e botar a culpa na bebida. Claro, tudo com moderação. Até pra ficar bêbado tem que ter classe e estilo. Coisas que só o período de faculdade proporcionam pra você.

4. Não vou largar a academia (ou qualquer outra atividade física) no meio do semestre.



Essa é sempre complicada. No começo do semestre você ainda vai encontrando horários, a matéria ainda tá no começo, fácil, pouca, acho que dá tempo de ir pra academia, quando eu chegar em casa eu leio alguma coisa e pronto. Porém, como a matéria inevitavelmente irá se acumular, isso causará um desequilíbrio nos horários destinados às outras coisas do dia. E claro que a primeira coisa a ser sacrificada é aquele local que você vai pra suar, pra sofrer, pra colocar força, pra chegar em casa mais exausto... em outras palavras, você se dá conta de que está pagando a mensalidade da academia pra ir um dia na semana (ou nenhum dia). E quando o período de provas chega então... evasão da academia é quase uma certeza. Só resta a você admirar aqueles que conseguem ter um corpo bonito durante a faculdade enquanto você simplesmente está se acabando num hambúrguer ultra calórico num fast-food qualquer com direito a ovomaltine tamanho gigante. Circunferência abdominal crescendo exponencialmente, você troca de 38 pra 40 a numeração das calças, se olha no espelho e vê 3 queixos, tem vergonha de dar tchau e as pelancas debaixo do braço darem tchau junto com você... enfim, é #tenso.

5. Vou assistir a todas as aulas.


Hanran Cláudia, senta lá. Que mané assistir todas as aulas. Começo de semestre ainda dá pra cumprir essa promessa. Do meio pro final, você começa a sacar o funcionamento das aulas. Tem sempre aquela cadeira que você suporta todas as aulas da primeira metade do semestre pra poder ter o direito de faltar a todas as aulas da segunda metade do semestre. Tem aquela que você leva bolo várias vezes e depois começa a dar bolo nela várias vezes também. Tem aquela que a professora não faz chamada, ou seja, beijo me liga, tô tentando viver um pouco durante esse horário "livre". Tem aquela que a professora passa lista de freqüência pra assinar. Ou seja, beijo me liga, tô tentando viver um pouco durante esse horário "livre" enquanto meu amigo mais dedicado que eu assina meu nome. Tem aquela que a voz do professor é canção de ninar, você dorme que baba do início ao fim. Tem aquela que você entra na sala, assiste dez minutos de aula, sai da sala pra fofocar sobre a roupa e o corte de cabelo que a fulana estava usando na festa de casamento da prima da vizinha e só volta pra aula nos dez minutos finais pra pegar a chamada. O fato é que essa de assistir todas as aulas tá mais que furado. Inclusive, particularmente falando, tem aulas que aprendo muito mais sentado em casa estudando do que assistindo aula.


Post sujeito a acréscimos à medida que o autor for lembrando das promessas #fail que ele tanto faz.


Continuação do promessas #fail de início de semestre
http://blogsemnomemaslegal.blogspot.com/2011/03/promessas-fail-de-inicio-de-semestre-o_23.html

terça-feira, 15 de março de 2011

Entrando na academia

Um dia você finalmente se olha no espelho e constata:



"Aqueles africanos se sentem magros? Olhem pra mim. Sou uma gaiola. Meu relógio não tem buracos suficientes pra apertar no meu pulso. Meu corpo samba dentro das minhas camisas. Minha roupa é feita sob medida... pra menor do que a que o mercado oferece. Já posso dar depoimento na próxima novela do Manoel Carlos de como sobrevivo com esse corpo."

E então, cansado de chegar nas lojas de roupa e ouvir a atendente falar "35? É pra sua namorada?", cansado de ser chamado de vara seca, sibite baleado, seco do 15, couro e osso, e outras variações de apelidos, você finalmente resolve encarar aquele desafio que tanto adiou: entrar na academia.

Primeiro dia lá está você se sentindo a Amy Winehouse com seu corpo escultural olhando para todo mundo que parece tão mais forte que você. Olha aqueles aparelhos de tortura e se imagina suando goteiras neles. Vai fazer os exercícios com halteres de 1kg, pesos de 2kg no supino, levanta 3kg morrendo na rosca direta. E claro, sempre olha pros lados pra notar o olhar reprovador dos outros que pegam 10, 20, 30kg e acham que você está ali só pra ocupar o espaço deles. É sofrido! Sem mencionar os sustos após os gritos daquele bombado que levanta 100kg com o dedo mindinho machucado. E pra piorar tem os espelhos distorcidos da academia mostrando a todo momento que você não está bem naquele corpo. Se tiver magro ele vai exacerbar, se tiver gordo ele vai exacerbar, se tiver com o corpo bacana ele não vai exacerbar de jeito nenhum. É um bullying psicológico.

Porém sofrimento maior você vai sentir no dia posterior. O tal do ácido láctico que se acumulou e blá blá blá nos músculos vai causar digamos um incômodo. Parece que levou foi uma surra de açoite, nem os escravos antigamente sofriam desse tanto, parece que correu a corrida de São Silvestre puxando uma carroça pelas costas, consegue nem abrir os braços, as pernas fraquejam de vez em quando e anda feito o boneco de Olinda.

Momento crítico, você já pensa em desistir logo de cara. Se a força de vontade persistir, essa dor passa em uma semana. Então digamos que você continuou na academia, já pagou o mês, tem que fazer até o fim, nada de desperdício. Vem o segundo momento crítico. Você termina o mês do jeito que começou, magricela feito um amigo meu acolá após um mês de Sibutramina. Se você ainda assim persistir e continuar no segundo mês parabéns. Após o segundo mês você não vai ter mudado muita coisa de quando terminou o primeiro mês. Aliás, a balança dirá que você está engordando. Terceiro momento crítico.

Após muita crise existencial, se você ainda conseguir relevar tudo de ruim advindo de uma academia e continuar malhando talvez você comece a ver resultados. Pra falar a verdade verdadeira, resultado você nunca verá em si. Quem os verá serão os outros e lhe dirão: Nossa! Como você tá preenchido. Uau! Tá ficando com um corpo bacana.

Só aí é que a academia vai passar a valer a pena. Com o tempo você começa a extrair da academia outros conhecimentos, mas isso é papo pra outra conversa.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Voltando

Bem, depois de um bom tempo fora dessa vida bloguística, estou tentando voltar para esse lugarzinho que acolheu meus textos. Eu como um bom virginiano deveria ter programado minha volta, tipo ter escrito uns textos bem bons, no mínimo uns 5 (é bom sempre ter um texto reserva para quando se está entediado de escrever), catalogá-los em pastas do computador nomeadas por tema, por estilo, por tamanho do post... e ir publicando eles aos poucos...

Porém acabou que resolvi voltar sem nenhuma carta na manga, só resolvi escrever e aqui estou.

Peço desculpa antecipadamente aos leitores que me acompanham (que não são muitos... aliás, tem alguém aí?) por esse jejum de posts tão longo. Vou tentar ser mais constante nas postagens.

Ou não.